Olhão + Igual

Ideia Central
O projeto apoiará a criação de um Plano Municipal de Não Discriminação, enquanto política pública de promoção dos direitos humanos e da inclusão social, como resposta à crescente radicalização do discurso político e de fomento do ódio e da intolerância sobre alguns grupos da comunidade, entre os quais não existem espaços de diálogo. 
As diferentes fases do plano contarão com a participação permanente de um Painel de Cidadãos, composto por representantes dos grupos vítimas de discriminação.


Local
Olhão, Portugal

Qual é o desafio social específico enfrentado por este local?
O projeto pretende combater a discriminação em razão da origem racial e étnica, nacionalidade, cultura, religião e orientação sexual, à qual as comunidades estrangeiras, ciganas e outras têm sido submetidas, comprometendo a sua integração na comunidade local. O desafio é criar um Painel de Cidadãos, que represente a diversidade de vítimas de discriminação, com o objetivo de articular opiniões e experiências, que resultem em contributos concretos para a conceção, promoção, monitorização e avaliação do Plano Municipal para Não Discriminação. Assim, o projeto visa ampliar as competências cívicas e políticas dessas comunidades, criar espaços de diálogo, concertação e de participação, dar voz a estes grupos e fomentar a organização social e o seu empoderamento.

Para quem o faz?
O projeto envolve quatro grupos-chave:

  • Painel de Cidadãos, representado por diferentes comunidades vítimas de discriminação, que participarão de forma ativa e permanente no projeto. Estes assumem a função de dinamizadores do Plano na comunidade a que pertencem, em todas as fases previstas, bem como de rosto da campanha de comunicação pública

  • Grupos vítimas de discriminação, que serão abrangidos no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Painel nas suas respetivas comunidades

  • Decisores políticos, entidades públicas e privadas inseridas nas ações a definir no Plano

  • Sociedade local, numa lógica de envolvimento e consciencialização da comunidade mais alargada, promovendo uma cultura de não discriminação

Qual é o vosso plano de ação e como planeiam lá chegar?
O projeto prevê as seguintes atividades:

  • Constituição de um PC. Este será composto por 12 representantes de grupos vítimas de discriminação e terá como missão dinamizar um processo de debate na comunidade sobre as diferentes formas de discriminação e sobre as prioridades de ação política a integrar no Plano;

  • Capacitação dos membros do PC, com recurso a uma abordagem de educação cívica não formal, sobre a metodologia de elaboração, aprovação e avaliação do Plano, bem como sobre direitos, deveres, instituições do território, políticas locais;

  • Realização de um processo de auscultação pública da comunidade sobre (i) as diferentes formas de discriminação vividas a nível local, em particular no acesso ao emprego, à habitação e aos serviços públicos essenciais (saúde, educação, segurança…); (ii) as prioridades de ação no combate a essas formas de discriminação; 

  • Apoio à elaboração e aprovação do Plano, contemplando os eixos de ação, as medidas de intervenção, o modelo de governação e de avaliação; 

  • Realização de uma campanha pública de divulgação do Plano, através da produção de materiais promocionais, sessões públicas de apresentação do Plano em escolas, empresas, associações e grupos de cidadãos, órgãos de comunicação social, entre outras entidades;

  • Produção de um Guia Metodológico que sirva de apoio a outros municípios interessados em implementar um projeto com estas caraterísticas.

Quais são os resultados esperados?
O projeto terá como principais resultados:

  • Criar uma política local de combate à discriminação (Plano Municipal) com a vigência de 4 anos, que o Município e as entidades e grupos do território terão de implementar

  • Institucionalizar um espaço de diálogo regular entre grupos vítimas de discriminação e entre estes e as instituições do território – o Painel de Cidadãos. Esse será inicialmente direcionado para a criação do Plano e manter-se-á com as funções de acompanhar e avaliar a execução do mesmo

  • Contribuir para uma comunidade socialmente mais coesa e civicamente mais dialogante e ativa, capaz de compreender e valorizar as suas diferenças internas, bem como de construir a ação coletiva

  • Criar um guia metodológico para disseminar o projeto em outros territórios

    Parceiros
    Associação Oficina (Entidade promotora)
    Câmara Municipal de Olhão

 
 
 

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