Projeto “Olhão + Igual” é um dos vencedores da segunda edição do Programa Civic Europe

A Oficina é a única entidade europeia a obter a aprovação de dois projetos em dois concursos anuais consecutivos da incubadora social alemã Civic Europe. Na edição de 2020/2021, esta entidade aprovou 19 ideias, assim designadas, num universo de 841 candidaturas, tendo a Associação sido uma das contempladas com o apoio atribuído à iniciativa "Quarteira Decide". 
Esta semana, a Oficina foi notificada, no sentido de informar que o projeto “Olhão + Igual” é um dos 18 vencedores da segunda edição desta competição, enfrentando a elevada concorrência de 551 candidaturas provenientes de doze países europeus. 
A intervenção proposta, a desenvolver em parceria com o Município de Olhão, visa contribuir para a criação de um Plano Municipal de Igualdade e Não Discriminação, enquanto política pública de promoção dos direitos humanos e da inclusão social, como resposta à crescente radicalização do discurso político e de fomento do ódio e da intolerância sobre alguns grupos da comunidade, entre os quais não existem espaços de diálogo. 
O projeto pretende combater a discriminação em razão da origem racial e étnica, nacionalidade, cultura, religião e orientação sexual, à qual as comunidades estrangeiras, ciganas e outras têm sido submetidas, comprometendo a sua integração na sociedade local. 
A principal inovação deste trabalho passa pela criação de um Painel de Cidadãos, que represente a diversidade de vítimas de discriminação, com o objetivo de articular opiniões e experiências, que resultem em contributos concretos para a conceção, promoção, monitorização e avaliação do Plano Municipal. Assim, o projeto visa ampliar as competências cívicas e políticas dessas comunidades, criar espaços de diálogo, concertação e de participação, dar voz a estes grupos e fomentar a organização social e o seu empoderamento.
O projeto terá como principais resultados: i) criar uma política local de combate à discriminação; ii) institucionalizar um espaço de diálogo regular entre grupos vítimas de discriminação e entre estes e as instituições do território – o Painel de Cidadãos; iii) contribuir para uma comunidade socialmente mais coesa e civicamente mais dialogante e ativa, capaz de compreender e valorizar as suas diferenças internas, bem como de construir a ação coletiva; iv) criar um guia metodológico para disseminar o projeto em outros territórios.

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