Oficina recebe investigadoras de Universidades Japonesas

Da esquerda para a direita: Nelson Dias, Sónia Pires, Emi Kobayashi, Haruka Fujiwara, Simone Júlio, Sónia Zica, Claudia Santos e Rafaela Scheiffer.

As pesquisadoras Haruka Fujiwara, da Faculdade de Gestão e Economia da Universidade de Fukushima, e Emi Kobayashi, da Faculdade de Estudos Internacionais da Universidade de Meiji Gakuin, estiveram presentes no dia 14 e 15 de Março na Oficina, em Faro, para uma visita de estudo para conhecer práticas participativas desenvolvidas em Portugal, com destaque para o Orçamento Participativo.

Portugal tem atraído a atenção de inúmeros investigadores, políticos, técnicos e ativistas de outros países, interessados em conhecer boas práticas de promoção da participação pública. Desta vez, o interesse surgiru de duas docentes universitárias japonesas, que conheceram a Oficina e o trabalho que esta desenvolve através da publicação Atlas Mundial de Orçamentos Participativos, que documenta práticas em mais de 80 países, constituindo-se como a mais completa tentativa de mapeamento destas iniciativas à escala global. As pesquisadoras nipónicas iniciaram por Portugal uma visita europeia, que também incluirá uma passagem por França, para conhecerem algumas das mais emblemáticas práticas de orçamento participativo nesse país. 
 
O primeiro dia de visita à Oficina serviu sobretudo para clarificar o conceito de orçamento participativo, conhecer as fases mais significativas destes processos e esclarecer inúmeras questões relativas à administração pública e à gestão orçamental por parte das autarquias portuguesas.

O Município de Tavira foi representado pela Vereadora Sónia Pires, pela Chefe da Divisão de Comunicação e Modernização Administrativa Sónia Zica e pela Técnica Sénior em Cidadania e Participação Cláudia Santos.

​O segundo dia foi inteiramente dedicado ao conhecimento de experiências concretas de orçamento participativo, em particular as promovidas pelos municípios de Tavira, Torres Vedras, Valongo e Lisboa.  Todos deram a conhecer as metodologias adotadas, os principais resultados alcançados até ao momento, bem como os desafios que enfretam. 
As iniciativas em apreço despertaram imenso interesse e revelaram-se muito inspiradoras para as visitantes, que procuram no nosso país os argumentos para convencer os decisores políticos no Japão a adotar este tipo de processos, algo que começa agora a dar os primeiros passos.
 
O segundo dia contou também com uma apresentação de António Fragoso sobre o Orçamento Participativo da Universidade do Algarve, uma iniciativa que será implementada em 2023, tendo o seu arranque previsto para este mês de março. As visitantes identificaram inúmeras similitudes entre os contextos da academia em Portugal e no Japão, no que concerne à gestão das universidades, tendo ficado muito interessadas na possibilidade de replicar este processo no seu país. 

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