Oficina realiza diagnóstico habitacional da População Migrante em Odivelas

O concelho de Odivelas é marcado pela forte presença de residentes estrangeiros. Nas últimas décadas, um conjunto de fenómenos associados aos processos migratórios conduziu a um incremento da população imigrante no município e nos territórios vizinhos na ordem dos milhares. Em 2020, este grupo representava cerca de 13% da população odivelense. No entanto, os números não refletem de todo a realidade, uma vez que não contemplam os cidadãos excluídos dos registos estatísticos oficiais, restringindo-se aos ‘documentados’, sugerindo, portanto, percentagens mais elevadas.
Este contexto conduziu o desenvolvimento de uma estratégia de intervenção pela Câmara Municipal, com o cofinanciamento do FAMI, Secretaria Geral do MAI, materializada no ‘Plano Municipal para a Integração dos Migrantes’ (PMIM Odivelas) para o horizonte temporal de 2020-2022. O documento pretende dar respostas aos diferentes desafios que a integração dos migrantes coloca ao território, entre os quais se destaca a problemática da habitação e dos temas correlacionados, como o acesso ao emprego, à educação e à saúde, entre outros.
Neste âmbito, a Oficina foi convidada para elaborar um ‘Diagnóstico sobre a situação habitacional da população migrante do Concelho de Odivelas’, estruturado em três fases:

  • Análise de dados estatísticos, realização de entrevistas e focus groups com entidades locais relevantes e aplicação de um questionário à população migrante do concelho;

  • Análise de boas práticas no campo da ‘habitação para migrantes’;

  • Definição de linhas orientadoras para apoiar respostas adequadas à população migrante.

Os focus groups decorreram entre 11 e 12 de novembro com entidades do setor público, social e educacional, e contribuíram para registar as perceções e experiências destes atores nas matérias em apreço.
Adicionalmente, a Oficina disponibilizou o questionário, que deverá ser respondido pela população migrante, estando o mesmo acessível em suporte papel nas instituições do concelho, as mesmas que participaram no focus groups, bem como online, na página da Associação. Atendendo às dificuldades linguísticas, decidiu-se criar uma versão em português e outra em inglês

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