"Cidadania Inteligente" volta a reunir em Cascais

O Município de Cascais e a Nova School of Business and Economics vão realizar, pelo segundo ano consecutivo, a Academia de Cidadania Inteligente, um espaço de reflexão, debate e cocriação sobre formas mais intensas de viver a democracia e a participação cidadã.
A edição deste ano conta com as contribuições de uma rede de parceiros internacionais, entre os quais o Banco Mundial(Moscovo, Federação Russa), a Global Initiative for Fiscal Transparency (Washington, Estados Unidos da América), a Associação de Municípios e Regiões da Suécia (Estocolmo, Suécia) e o Observatório Internacional de Democracia Participativa(Barcelona, Espanha).
À imagem da edição transata, o programa prevê quatro dias de apresentações, debates e trabalhos de grupo, que levarão a Cascais alguns dos mais conceituados nomes nacionais e internacionais nos temas em apreço.
O primeiro dia terá como foco a crise das democracias, tendo a organização convidado alguns especialistas que ajudarão a compreender fenómenos como o populismo, o uso do voto como “arma” de retaliação contra elites políticas mais tradicionais, bem como o conturbado processo do Brexit. 
A manhã do segundo dia será dedicada a entender as potencialidades e ameaças das novas formas de inteligência artificial para a democracia, tema bastante atual e sobre o qual não existem certezas, nem consensos. 
A tarde deste dia permitirá que os participantes optem por dois grupos de trabalho, nomeadamente: a) processos participativos socialmente inclusivos, estando previstas apresentações de práticas que desenvolveram mecanismos específicos para potenciar o envolvimento de grupos sociais tradicionalmente mais afastados dos centros de decisão. Entre essas destacam-se experiências de orçamento participativo com população deficiente, na Rússia, e com reclusos, em Itália; b) transparência, governo digital e participação dos cidadãos em dinâmicas orçamentais a nível nacional, estando assegurada a presença de algumas das melhores práticas internacionais, nomeadamente do Chile e da África do Sul. 
A manhã do terceiro dia será dedicada à apresentação pública, em primeira mão, do Atlas dos Orçamentos Participativos no Mundo, um projeto em curso e que conta com o envolvimento de uma vasta rede internacional de colaboradores. Os resultados serão debatidos por um painel de convidados provenientes de quatro continentes. 
A tarde do terceiro dia trará dois novos grupos de trabalho, nomeadamente: a) a institucionalização dos orçamentos participativos – potencialidades e limites, estando assegurada a participação dos casos do Peru e da Polónia, países com legislações dedicadas a este tema; b) mecanismos de participação por amostragem, focado na apresentação de experiências que privilegiam os minigrupos ou os métodos representativos, como alternativa às iniciativas de caráter universal, tendo como convidados o Governo da Coreia do Sul, para a apresentar a sua experiência de Orçamento Participativo Nacional, e o Município de Madrid, para partilhar o trabalho em torno do recém criado observatório da cidade.
O quarto e último dia terá como tema central a participação juvenil, estando prevista a apresentação de iniciativas bastante emblemáticas que demonstram a pertinência e atualidade de ações sociais e políticas promovidas pelos mais jovens. 
Dadas as caraterísticas e objetivos do evento, a organização decidiu abrir um número limitado de vagas, nomeadamente cinquenta, sendo estas preenchidas pela ordem de inscrição. As inscrições encontram-se disponíveis no seguinte endereço.
​A Academia é uma iniciativa conta com a colaboração da Oficina

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